quinta-feira, 26 de novembro de 2020

PRONOMES POSSESSIVOS

 

PRONOMES POSSESSIVOS

 

 

 

São palavras que, ao indicarem a pessoa gramatical (possuidor), acrescentam a ela a ideia de posse de algo (coisa possuída). Por exemplo:

 

Este caderno é meu. (meu = possuidor: 1ª pessoa do singular)

 

Observe o quadro:

 

NÚMERO

PESSOA

PRONOME

singular

primeira

meu(s), minha(s)

singular

segunda

teu(s), tua(s)

singular

terceira

seu(s), sua(s)

plural

primeira

nosso(s), nossa(s)

plural

segunda

vosso(s), vossa(s)

plural

terceira

seu(s), sua(s)

 

Emprego dos pronomes possessivos

1. SEU: a utilização do pronome seu (e flexões) pode gerar frases ambíguas, podemos ter dúvidas quanto ao possuidor. Exemplo:

 A menina disse ao colega que não concordava com sua reprovação.

(reprovação de quem? Da menina ou do colega?)

Para evitar esse tipo de ambiguidade, usa-se dele (dela, deles, delas)

a) A menina disse ao colega que não concordava com a reprovação dela.
• A reprovação dela (da menina)

b) A menina disse ao colega que não concordava com a reprovação dele.
A reprovação dele (do colega)

2. Existem casos em que o pronome possessivo não exprime propriamente ideia de posse. Ele pode ser utilizado para indicar aproximação, afeto ou respeito.

Aquele museu deve ter seus cem anos. (aproximação)
Meu caro amigo, cuide melhor de sua saúde. (afeto)
Sente-se aqui, minha senhora. (respeito)

3.  SEU: anteposto a nomes próprios não é possessivo, mas uma alteração fonética de Senhor.

Seu José, o senhor poderia emprestar-me seu celular?

quarta-feira, 25 de novembro de 2020

ARTIGOS DEFINIDOS E INDEFINIDOS

 

ARTIGOS DEFINIDOS E INDEFINIDOS

Os artigos definidos e indefinidos são tipos de artigos. Lembre-se que os artigos são palavras que vêm antes do substantivo, determinando seu número (singular ou plural) e seu gênero (feminino ou masculino).

 

Artigo definido

Os artigos definidos (o, a, os, as) definem ou individualizam, de forma precisa, os substantivos, seja uma pessoa, objeto ou lugar.

Artigo Definido

Gênero

Número

o

masculino

singular

a

feminino

singular

os

masculino

plural

as

feminino

plural

 

Exemplos:

§  garoto foi jantar na casa dos pais.

§  Ganhamos a bicicleta que esperávamos.

§  Luísa aproveitou para rever os amigos.

§  As meninas foram viajar.

 

ATENÇÃO: Em todos os exemplos, podemos notar a precisão de tais pessoas ou objetos pelo emprego correto do artigo definido. Isso porque ele determina de maneira exata o substantivo em questão: o garoto, a bicicleta, os amigos e as meninas. Assim, fica claro que o artigo definido indica de modo particular o substantivo já conhecido. Note que estes estão presentes no texto ou no pensamento do locutor (emissor, autor) ou do interlocutor (receptor, ouvinte).

 

Artigo indefinido

Os artigos indefinidos (um, uma, uns, umas) determinam de maneira vaga, indeterminada ou imprecisa, uma pessoa, objeto ou lugar ao qual não se fez menção anterior no texto.

Artigo Indefinido

Gênero

Número

um

masculino

singular

uma

feminino

singular

uns

masculino

plural

umas

feminino

plural

 

Exemplos:

 

§  Um dia iremos nos encontrar.

§  Uma certa tarde saímos para caminhar.

§  Joana convidou para a festa uns amigos estrangeiros.

§  Comprei umas camisas para seu aniversário.

 

ATENÇÃO: Note que em todos os exemplos acima, não está definindo qual objeto, pessoa ou lugar. Nos dois primeiros exemplos, não está identificado “qual o dia” ou “qual a tarde” em que o evento ocorre.Da mesma maneira, Joana não especifica “quais amigos” ela convidará para a festa. Por fim, “umas camisas” corresponde a uma ideia vaga de “quais camisas” são essas.

Cuidado para não confundir o artigo indefinido “um” com o numeral “um”, pois o numeral é uma palavra utilizada para indicar quantidade.

 

 

 

 

 


quarta-feira, 18 de novembro de 2020

ADJUNTO ADNOMINAL

 

ADJUNTO ADNOMINAL

É o termo que determinaespecifica ou explica um substantivo.

O adjunto adnominal possui função adjetiva na oração, a qual pode ser desempenhada por adjetivos, locuções adjetivas, artigos, pronomes adjetivos e numerais adjetivos. Veja o exemplo a seguir:

O inovador poeta enviou dois longos trabalhos ao seu amigo de infância.

Sujeito: o inovador poeta

 Predicado: enviou dois longos trabalhos ao seu amigo de infância

Núcleo do predicado verbal : enviou

Objeto direto: dois longos trabalhos

Objeto indireto: ao seu amigo de infância

 

Na oração acima, os substantivos poeta, trabalhos e amigo são núcleos, respectivamente, do sujeito determinado simples, do objeto direto e do objeto indireto. Ao redor de cada um desses substantivos agrupam-se os adjuntos adnominais:

 

o artigo" o" e o adjetivo inovador referem-se a poeta;

o numeral dois e o adjetivo longos referem-se ao substantivo trabalhos;

o artigo" o" (em ao), o pronome adjetivo seu e a locução adjetiva de infância são adjuntos adnominais de amigo.

 

Observe como os adjuntos adnominais se prendem diretamente ao substantivo a que se referem, sem qualquer participação do verbo. Isso é facilmente notável quando substituímos um substantivo por um pronome: todos os adjuntos adnominais que estão ao redor do substantivo têm de acompanhá-lo nessa substituição.

Por Exemplo:

O notável poeta português deixou uma obra originalíssima.

Ao substituirmos poeta pelo pronome ele, obteremos: Ele deixou uma obra originalíssima.

As palavras onotável e português tiveram de acompanhar o substantivo poeta, por se tratar de adjuntos adnominais. O mesmo aconteceria se substituíssemos o substantivo obra pelo pronome a. Veja: O notável poeta português deixou-a.


DISTINÇÃO ENTRE ADJUNTO ADNOMINAL E COMPLEMENTO NOMINAL

É comum confundir o adjunto adnominal na forma de locução adjetiva com complemento nominal. Para evitar que isso ocorra, considere o seguinte:

a) Somente os substantivos podem ser acompanhados de adjuntos adnominais; já os complementos nominais podem ligar-se a substantivos, adjetivos e advérbios. Assim, fica claro que o termo ligado por preposição a um adjetivo ou a um advérbio só pode ser complemento nominal. Quando não houver preposição ligando os termos, será um adjunto adnominal.

b)  O complemento nominal equivale a um complemento verbal, ou seja, só se relaciona a substantivos cujos significados transitam. Portanto, seu valor é passivo, é sobre ele que recai a ação. O adjunto adnominal tem sempre valor ativo. Observe os exemplos: Exemplo 1 : Camila tem muito amor à mãe.

A expressão "à mãe" classifica-se como complemento nominal, pois mãe é paciente de amar, recebe a ação de amar.

Exemplo 2 : Vera é um amor de mãe.

A expressão "de mãe" classifica-se como adjunto adnominal, pois mãe é agente de amar, pratica a ação de amar.

 


quinta-feira, 17 de setembro de 2020

 

REGÊNCIA VERBAL E REGÊNCIA NOMINAL

 

A regência verbal e a regência nominal ocorrem entre os diferentes termos de uma oração. Ocorre regência quando há um termo regente que apresenta um sentido incompleto sem o termo regido, ou seja, sem o seu complemento.

O que é regência verbal?

A regência verbal indica a relação que um verbo (termo regente) estabelece com o seu complemento (termo regido) através do uso ou não de uma preposição. Na regência verbal os termos regidos são o objeto direto (sem preposição) e o objeto indireto (preposicionado).

EXEMPLOS DE REGÊNCIA VERBAL PREPOSICIONADA

 

a)    assistir a;

b)    obedecer a;

c)    avisar a;

d)    agradar a;

e)    morar em;

f)     apoiar-se em;

g)    transformar em;

h)   morrer de;

i)     constar de;

j)      sonhar com;

k)    indignar-se com;

l)     ensaiar para;

m)  apaixonar-se por;

n)   cair sobre.

 

REGÊNCIA VERBAL SEM PREPOSIÇÃO

Os verbos transitivos diretos apresentam um objeto direto como termo regido, não sendo necessária uma preposição para estabelecer a regência verbal. 

Exemplos de regência verbal sem preposição:

 

a)    Você já fez os deveres?                             

b)    Eu quero um carro novo.                  

c)    A criança bebeu o suco.

 

OBJETO DIRETO: Os deveres, um carro novo, o suco

O objeto direto responde, principalmente, às perguntas o quê? e quem?, indicando o elemento que sofre a ação verbal.

 

REGÊNCIA VERBAL COM PREPOSIÇÃO

 

Os verbos transitivos indiretos apresentam um objeto indireto como termo regido, sendo obrigatória a presença de uma preposição para estabelecer a regência verbal. 

Exemplos de regência verbal com preposição:

                                                                                                            

a)  O funcionário não se lembrou da reunião.                

b)  Ninguém simpatiza com ele.                                      

c)  Você não respondeu à minha pergunta.            

 

OBJETO INDIRETO: Da reunião, com ele, à minha pergunta.

 

 

O objeto indireto responde, principalmente, às perguntas de quê? para quê? de quem? para quem? em quem?, indicando o elemento ao qual se destina a ação verbal.

 

 

 

O que é regência nominal?

A regência nominal indica a relação que um nome (termo regente) estabelece com o seu complemento (termo regido) através do uso de uma preposição.

EXEMPLOS DE REGÊNCIA NOMINAL

 

a)    favorável a;

b)    apto a;

c)    livre de;

d)    sedento de;

e)    intolerante com;

f)     compatível com;

g)    interesse em;

h)   perito em;

i)     mau para;

j)      pronto para;

k)    respeito por;

l)     responsável por

 

REGÊNCIA NOMINAL COM PREPOSIÇÃO

A regência nominal ocorre quando um nome necessita obrigatoriamente de uma preposição para se ligar ao seu complemento nominal.

EXEMPLOS DE REGÊNCIA NOMINAL COM PREPOSIÇÃO:

a)    Sempre tive muito medo de baratas.           

b)    Seu pai está furioso com você!                   

c)    Sinto-me grato a todos.

 

COMPLEMENTO NOMINAL:  De baratas, com você, a todos.

 

 

PREPOSIÇÕES USADAS NA REGÊNCIA NOMINAL

Também na regência nominal as preposições podem ser usadas na sua forma simples e contraídas ou combinadas com artigos e pronomes.

As preposições mais utilizadas na regência nominal são, também: a, de, com, em, para, por.

a)    Preposição a: anterior a, contrário a, equivalente a,...

b)    Preposição de: capaz de, digno de, incapaz de,...

c)    Preposição com: impaciente com, cuidadoso com, descontente com,...

d)    Preposição em: negligente em, versado em, parco em,...

e)    Preposição para: essencial para, próprio para, apto para,...

f)     Preposição por: admiração por, ansioso por, devoção por,...

 

PARA EU OU PARA MIM?

 



                                             USO CORRETO DO “PARA EU”:

Minha mãe comprou novos brinquedos para eu brincar.

Façam silêncio para eu falar!

Nos dois exemplos acima, o pronome pessoal do caso reto “eu” foi empregado antes dos verbos “brincar” e “falar”, que estão na forma nominal infinitivo. A dica é: antes de um verbo que expresse uma ação, o sujeito será o “eu”, não o “mim”, mesmo porque eu faço e não mim faz.


USO CORRETO DO “PARA MIM”:

Para mim, jogar bola é mais divertido do que jogar videogame.

Será que você pode comprar um chocolate para mim?

Nos dois exemplos acima, o pronome oblíquo tônico “mim” está precedido por uma preposição, no caso, “para”. Lembre-se de que o “mim” não pode ser empregado antes de um verbo que indique ação, mesmo porque o “mim” não pode ser sujeito nessa situação.

Existe uma construção em que o “mim” aparece antes de um verbo, por exemplo: “Para mim, jogar futebol é uma terapia”. Mas você deve ter observado que existe uma pausa, provocada pelo uso da vírgula, antes do verbo “jogar”, situação em que o “mim” é permitido.

Viu só? Nem é tão complicado assim! Agora que você já sabe, fique atento ao uso correto dos termos estudados e bons estudos!





segunda-feira, 20 de julho de 2020

ARTIGO DE OPINIÃO

ARTIGO DE OPINIÃO

O artigo de opinião é um dos gêneros mais comuns no cotidiano das cidades. Publicado normalmente em jornais, revistas e blogs, esse tipo de texto tem como função apresentar e defender um ponto de vista sobre algum assunto relevante para a sociedade. Muitas faculdades e universidades costumam solicitar aos seus candidatos que produzam artigos de opinião em seus vestibulares.

CARACTERÍSTICAS

O artigo de opinião é um gênero argumentativo, ou seja, é um tipo de texto que defende um ponto de vista por meio de argumentos. A linguagem usada no artigo de opinião costuma alinhar-se à norma-padrão da língua portuguesa, haja vista que o texto deve ser compreendido por diversos tipos de pessoas, muitas vezes de regiões completamente distintas — como é o caso dos artigos publicados em jornais de alcance nacional no Brasil.

Para além disso, justamente por se tratar de uma publicação da imprensa, o assunto abordado nesse tipo de texto costuma ser de relevância coletiva: fatos importantes, ocorridos nos dias ou semanas anteriores, costumam ser os temas do artigo de opinião. Nesse sentido, o gênero tem uma função social clara: promover o debate público sobre as demandas da sociedade.

ESTRUTURA

Por ser um texto argumentativo, o artigo de opinião apresenta três partes fundamentais:

INTRODUÇÃO COM TESE

Os parágrafos iniciais de um artigo de opinião costumam ser reservados para apresentar o assunto abordado e, além disso, o ponto de vista defendido pelo autor. Chamamos esse ponto de vista de tese. No caso das redações escolares e propostas de vestibulares, é comum que somente o primeiro parágrafo da composição seja destinado para essa função, pois, nesse tipo de produção textual, o número de linhas é restrito.

Veja, a seguir, a introdução de um artigo de opinião produzido por Débora Diniz e Giselle Carino, publicado no jornal El País Brasil:

Violência obstétrica,

uma forma de desumanização das mulheres

A expressão 'violência obstétrica' ofende médicos. Dizem não existir o fenômeno, mas casos isolados de imperícia ou negligência médicas. O que aconteceu com a brasileira Adelir Gomes, grávida e forçada pela equipe de saúde a realizar uma cesárea contra sua vontade, dizem ser um caso extremo, escandalizado pelas feministas como de violência obstétrica. Não é verdade. A violência obstétrica manifesta-se de várias formas no ciclo de vida reprodutiva das mulheres. Em cada mulher insultada verbalmente porque sente dor no momento do parto ou quando não lhe oferecem analgesia. Na violência sexual sofrida em atendimento pré-natal ou em clínicas de reprodução assistida. No uso de fórceps, na proibição de doulas ou pessoas de confiança na sala de parto. Na cesárea como indicação médica para o parto seguro. A verdade é que a violência obstétrica é uma forma de desumanização das mulheres.

Jornal El País Brasil, 20 de março de 2019.

É notável, nesse trecho inicial do texto, a presença das duas partes fundamentais da introdução de um artigo de opinião: a apresentação do tema — “violência obstetrícia” — e a defesa de uma tese ou ponto de vista — “A verdade é que a violência obstétrica é uma forma de desumanização das mulheres”.

 

DESENVOLVIMENTO COM ARGUMENTAÇÃO

Uma vez que a tese é apresentada na introdução do artigo de opinião, é esperado que, nos parágrafos intermediários — também chamados de desenvolvimento —, apresentem-se argumentos que comprovem o ponto de vista.

Um argumento costuma ter duas partes: a fundamentação e a análise do fundamento. A primeira corresponde às informações, fatos, dados, referências, entre outros, que o articulista busca para embasar sua opinião; a segunda, ao trecho em que o autor relaciona explicitamente o fundamento utilizado com a tese defendida.

Ainda seguindo o exemplo dado anteriormente, observe a seguir um dos argumentos usados pelas articulistas Débora Diniz e Giselle Carino:

Mulheres negras, indígenas e com deficiência estão entre as mais vulneráveis à violência obstétrica. Um estudo da Universidade de Harvard, realizado em quatro países latino-americanos, mostrou que uma em cada quatro mulheres vivendo com HIV/aids foi pressionada à esterilização após receber o diagnóstico. Evidências igualmente assustadoras foram identificadas no México, onde a Organização das Nações Unidas condenou o país pela esterilização forçada de quatorze indígenas pelo sistema de saúde público. No Brasil, um estudo no Mato Grosso descreveu a correlação entre etnia e morte materna — mulheres indígenas têm quase seis vezes mais chances de morrer no parto que mulheres brancas. Pouco sabemos da realidade de mulheres com deficiência, em particular daquelas com deficiência intelectual. O senso comum diz que devem viver sem sexualidade e que são incapazes de decidir suas vivências reprodutivas.

Jornal El País Brasil, 20 de março de 2019.

Nesse caso, são usados como fundamentos: um estudo da Universidade de Harvard, outro da Organização das Nações Unidas e mais um feito no Mato Grosso. Com base nessas pesquisas, as articulistas relacionam as informações citadas com a tese ao afirmarem que “Pouco sabemos da realidade de mulheres com deficiência, em particular daquelas com deficiência intelectual. O senso comum diz que devem viver sem sexualidade e que são incapazes de decidir suas vivências reprodutivas”.

 

CONCLUSÃO

A conclusão de um artigo de opinião costuma apresentar uma síntese do desenvolvimento do texto e, em seguida, reiterar a tese, agora comprovada pelos argumentos. Veja como é a conclusão do texto de Débora Diniz e Giselle Carino:

Argentina e Bolívia também avançaram em legislações para proibir a violência obstétrica — estar livre de violência baseada em gênero deve incluir a violência obstétrica. É preciso avançar rapidamente neste campo, seja pela via legal ou pela transformação dos costumes e práticas. A legislação boliviana menciona 'violência contra os direitos reprodutivos': se devidamente interpretada, a criminalização do aborto ou os maus-tratos sofridos pelas mulheres em processo de abortamento nos hospitais são formas de violência obstétrica. Meninas e mulheres forçadas, involuntariamente, ao parto e à maternidade são casos de violência obstétrica. Por isso, às histórias de dor física ou abusos verbais de nossas mães e avós, devemos somar as histórias da clandestinidade do aborto — as leis restritivas de aborto atingem 97% das mulheres em idade reprodutiva na América Latina e Caribe. Todas essas são expressões da violência obstétrica, uma forma silenciosa e perene de violência baseada em gênero.

Jornal El País Brasil, 20 de março de 2019.

É perceptível, portanto, que a conclusão do artigo de opinião das autoras repete resumidamente a linha argumentativa desenvolvida no texto. Em seguida, a tese é reiterada, agora comprovada — “Todas essas são expressões da violência obstétrica, uma forma silenciosa e perene de violência baseada em gênero”.

 

COMO COMEÇAR O ARTIGO DE OPINIÃO

A melhor maneira de começar um artigo de opinião é, antes de tudo, desenvolvendo um planejamento e um projeto de texto. Planejando e projetando antes de escrever, é muito provável que a composição resulte-se clara, coerente e bem fundamentada. Veja, no próximo tópico, um passo a passo de como escrever o artigo de opinião.

Passo a passo

Podemos dividir o processo de produção de texto em três partes básicas:

 

Planejamento e projeto de texto.

O primeiro passo na composição textual deve ser o da reflexão, leitura e organização das ideias a serem desenvolvidas no texto. Nessa parte, é necessário que o autor do artigo de opinião defina:

Tema;

Tese;

Fundamentos da argumentação;

Organização lógica do texto (aqui, define-se o que deve haver em cada parágrafo, ou seja, qual será a trajetória discursiva usada pelo autor para defender seu ponto de vista no texto).

RASCUNHO

Uma vez que o projeto de texto já estiver definido, é o momento de transcrever as ideias projetadas na forma de texto em prosa, ou seja, é a hora de escrever o texto na forma de: parágrafos introdutórios, desenvolvimento e de conclusão. É muito importante que o rascunho seja um produto do projeto de texto e não se desvie da trajetória discursiva planejada.

REVISÃO

Por fim, após o texto estar praticamente pronto, resta revisar questões de ordem gramatical, como ortografiaacentuação ou pontuação. Assim como no rascunho, não é aconselhável que o autor mude informações previamente projetadas e desenvolvidas nas partes anteriores.

 

 

 


Substantivos: exercícios

  Exercícios 1.     Leia as frases abaixo e sublinhe todos os substantivos. Depois, classifique cada substantivo como comum, próprio, conc...